Estratégia de Gestão durante a desaceleração econômica brasileira


De acordo com o boletim Focus do Banco Central em 2015 deverá haver recessão, inflação em mais de 7% e uma taxa de juros básica de 12,75%. As empresas vêm reduzindo seus investimentos e em muitos setores como o automobilístico e da construção civil, as demissões ocorreram em grande escala. O segmento de serviços, até então mais estável, produzirá neste ano um menor número de postos de trabalho.
O cenário que se vislumbra é: aumento da inflação, diminuição do poder de barganha dos trabalhadores, queda na renda, diminuição no consumo, diminuição dos postos de trabalho, aumento do desemprego. E como trabalhadores e empresas deverão agir frente a esses desafios?
Para os que estão buscando emprego é importante lembrar que a concorrência pode aumentar, portanto qualquer qualificação adicional pode ser o diferencial na hora de uma contratação.
O candidato deve se preparar para este cenário, manter-se atualizado, procurar formas alternativas de qualificação se não puder fazer investimentos financeiros e, principalmente, ser mais flexível em relação às suas exigências em relação ao novo emprego.
Os que estão empregados devem analisar o cenário da empresa em que estão, quais as probabilidades de manutenção do emprego e perspectivas de crescimento. Ter uma visão de futuro neste momento é importante, quer seja para investir na carreira dentro da empresa ou para ter um plano B, caso a saída da organização seja inevitável.
Procurar feedback com seus superiores, demonstrar interesse pela empresa e por suas atividades, fazer propostas inovadoras que alavanquem os resultados da empresa em períodos de crise, estar atento às oportunidades de colocar seu potencial a serviço da organização, podem ser atitudes que o levem a ser valorizado pela empresa e considerado um elemento importante a ser mantido pelas contribuições que vem fazendo e ainda poderá fazer.
E as empresas neste cenário?
Parece-me que é um momento de se voltar para dentro, ou seja, para investir na melhoria de seus processos e no engajamento de seus talentos, preparando-se para o momento em que a situação volte a ser propícia ao crescimento.
Algumas estratégias podem ser adotadas nesse momento:
1 - Rever seus processos internos, a fim de garantir a eficiência dos mesmos envolvendo os colaboradores neste trabalho; fazer mais com menos é o grande desafio!
2 - Concentrar os investimentos em desenvolvimento no fortalecimento das lideranças que poderão apoiar a organização durante o período da crise.
3 - Promover um ambiente propício à inovação e à geração de ideias em todos os níveis da organização.
4 - Demonstrar coerência e transparências nas decisões, neste momento, é muito importante para garantir o nível de confiança dos funcionários e diminuir o impacto no clima.
5 - Utilizar mecanismos de reconhecimento que promovam a valorização dos funcionários: ambiente participativo, atribuição de desafios, feedbacks construtivos, comunicação transparente, proximidade entre líderes e equipes.
6 - Oferecer, dentro do possível, oportunidades de desenvolvimento aos funcionários através de ações que possam promover o aperfeiçoamento de competências que poderão ser valiosas tanto neste momento quanto numa época de cenário mais positivo.
O cenário pode não ser favorável, mas as oportunidades existem e depende de cada um e de cada organização fazer frente a esses desafios utilizando seus pontos fortes e aproveitando a sinergia das equipes para alavancarem resultados.
A milenar sabedoria chinesa nos diz que toda crise traz em si uma oportunidade e é nesse momento que devemos ficar atentos e aproveitar as saídas que a vida nos mostra. Podemos dizer que o segredo é manter o foco positivo na resolução dos problemas e no aprendizado que com certeza virá com esta experiência.
Fonte: Boletim Semanal RH




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